quinta-feira, 28 de maio de 2009

Egito

Costumes



Em Heliópolis, tivemos uma segunda oportunidade de rever Dr. Arafat, quando visitamos o Museu Palestino. Com muitas peças de arte e vestimentas características da Palestina, o museu nos abriu os olhos para aquele povo que tem uma longa história, muitas tradições e costumes singulares, e que agora vive sua diáspora, espalhado pelo mundo todo, sem direito a morar em sua própria terra. O mesmo que já havia acontecido com os judeus.
Após a visita ao museu, subimos para um patamar, onde foi servido chá e pudemos dar algumas tragadas na "shisha", aquele sofisticado "cachimbo" árabe. Um rapaz palestino, durante esse tempo, tirava trinados tristonhos de sua flauta, que aumentava a tristeza nos semblantes de todos os presentes. Por vezes, a conversa era interrompida e um silêncio pungente reinava sobre o patamar. Era a meditação profunda de todos os presentes. Dos palestinos, que lamentavam a falta de sua pátria. E dos estrangeiros, que respeitavam a justa tristeza dos palestinos.

Dança




O povo egípcio é bem humorado. Possui um sentimento de humanidade arraigado. É hospitaleiro e muito unido comunitariamente.
Amam a música e a dança.
Possuem habilidades para o artesanato desde a Antiguidade. Prova disso são os detalhes esculpidos nos grandes monumentos, os trabalhos em túmulos, bem como a arte das jóias lá encontradas através dos séculos.
As folhas de papiros, por exemplo, utilizadas milenarmente, e, atualmente vendidas no mundo todo como artesanato egípcio, são pintadas à mão, uma a uma por crianças e jovens. São feitos da planta papiro que é um caule cortado em filetes. Sobrepostos, horizontal e verticalmente, formam a folha de papiro.
Os camponeses egípcios ainda conservam seus trajes originais; os homens ainda se vestem com suas "galabias" (túnica longa, geralmente branca ou listrada), acompanhada de turbante na mesma cor, um colete de cores vivas e como calçado, babuchas de couro; já as mulheres camponesas utilizam a longa túnica negra e o manto sobre os cabelos, muito característico.
As egípcias urbanas, há tempos se vestem de forma européia. O egípcio urbano em geral, já se veste de forma mais ocidental e mesmo o "tarbush"(gorro cilíndrico de feltro vermelho com penacho azul escuro) atualmente não é muito usado.
Um detalhe curioso é que entre os muçulmanos não é admitido o roubo. Cortam-se as mãos do praticante. Por isso, é comum ver nas ruas pessoas portando jóias com muito ouro, bolsas, sem receio de perdê-las. Evidentemente existem exceções, mas são raras.
Outra curiosidade é para se chamar um táxi; grita-se em alto e bom som o nome do bairro para onde se quer ir. Se o motorista achar conveniente ele para, deixando ao critério do passageiro o valor da corrida. Pode ocorrer uma pechincha de ambos.



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